MINHAS DORES!...
O coração bate mais forte...
Advém lembranças de um passado de marcas,
desilusões, perdas, ingratidão, mentiras, traição, inveja...
Ah!...Como dói as lembranças deste tempo que se foi!...
Para tudo e, em muitos momentos, o meu único companheiro Deus!...
Logo, então, percebi que não necessitava de mais ninguém,
pouco a pouco, aos tropeços,
o Tempo, aliado das dores,
foi me fazendo esquecer...
Em meu coração não cabe a revolta, a mágoa, a vingança.
Então... foi fácil, de certa forma, superar a tudo.
A mais difícil de todas as dores foi, certamente, a perda, para a morte,
de minha mãe, minha confidente, meu anjo de guarda.
Nossa como me senti sozinho,
sem apoio... parecia
que eu não pertencia a este mundo.
Pois, para mim, meu mundo de encanto havia sido sepultado naquele dia!!!
Por muitas dores passei... sem, em nenhum instante,
ter me revoltado com o meu melhor amigo Deus!...
Certamente Ele não me desejou nenhuma delas,
e se permitiu foi para meu aprimoramento.
Agora, entre lágrimas na face, deparo-me mais uma vez com a dor.
Este sentimento que castiga o coração de todos.
Feri a alma, deixa as mãos fracas,
faz até pensarmos em parar,
A dor de ver amigos que estimo enfermos e pouco poder fazer,
A dor de ver uma criança sendo jogada fora pela própria mãe,
A dor de ver um filho matar seus próprios pais,
A dor de ver que na minha mesa sobra alimento enquanto em outras falta,
Ah dor!...Esta companheira desta vida de expiações,
como você castiga a todos,
sejam grandes, pequenos;
pobres, ricos;
homens, mulheres; crianças...
Ah senhora má!...
Que nos atormenta à porta!
Mas temos que aceitá-la,
aprender enfim, conviver contigo,
para isto mais uma vez busco refugio ao meu melhor amigo,
E a Ele peço...
“Amigo, meu paizinho leva para longe, para bem longe”.
A dor de meus amigos,
A dor de toda humanidade...”
Paulo Nunes Junior
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