sábado, 7 de maio de 2011

INSENSÍVEL AMOR!...

Nossa!...Por ti derramei lágrimas, senti dores tão profundas...
Que ecoavam sobre o universo, despertando até mesmo atenção dos anjos...
Quanto esperei de ti?...Quanto sonhei?...Quanto me humilhei?...
Entreguei-me de coração e alma límpida depois da tua perseguição,
Acreditei em tuas palavras que me soavam como bálsamo a minh’ alma,
Que já vinha de outros sofrimentos...
Abusastes de mim, retirando-me o bem mais precioso o sorriso,
Usaste-me como tua sombra, quando queria ser tua luz!
Deixaste-me ao relento da dor, da amargura,
Que carrego por ter acreditado em ti...

Até o dia em que tropecei depois de saber de tuas traições...
Ah, dor imensa aquela sem saber se doía mais ser traído ou trair você!...
Ao trair-te, em busca de minha própria auto-afirmação,
Trai todos os meus conceitos e tudo aquilo em que acreditava,
O arrependimento bateu-me no fundo d’alma,
Entrando por meus poros e instalando-se em meu coração amargurado...
Agora fico horas a tua espera, a espera da volta daqueles dias,
Em que fui amado desejado, querido, por você,
Ah, que solidão é esta que me cobra tanto tua presença,
Onde estás tu? Para onde fostes? Como fazer-te voltar a me amar?...

Insensível a tudo que eu sentia...Deixou-me e, 
Procurastes além da vida teu esconderijo, para lá indo, 
Onde pensas que eu não te vejo e nem te sinta, 
Engano teu!... Ah que engano, pois o que sinto por ti...
Atravessa o próprio infinito e consegue sentir teu perfume!
Agora, aqui, sozinho, olho em busca de teu olhar e,
Deparo-me com as estrelas e elas me trazem lembranças
De teus olhos apaixonados, e me vem o desejo de amar novamente,
Mas tua insensibilidade me afasta de ti e me joga nos braços de outra.
Agora, parto em busca de outros olhos, de outra pele e de outra história...


Paulo Nunes Junior

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